segunda-feira, 27 de março de 2017

Três



Hoje tentei desviar a minha atenção... Fiz a âncora diversas vezes e em algumas resultou, outras, nem por isso.
Para completar o cenário tive uma paragem de disgestão e só a bocado é que deixei de vomitar. 
Dói-me o corpo. Dói-me a alma. Não existe uma parte de mim que não doa. 
Tudo clama pela tua presença. Todo o meu corpo pede que seja devolvida a metade que me foi roubada.
Três anos... Como assim passaram três anos? Hoje ouvi o teu coração pela última vez. Há três anos a minha vida entrou num silêncio, onde falta o teu sorriso, o teu choro, as tuas brincadeiras, as tuas alegrias, que também seriam nossas. 
Daqui há 4 dias fazem três anos que partiste... E porque continua a doer tanto? Porque as saudades me assomam ao peito desta maneira tão avassaladora e cruel? 
Só te queria aqui. Comigo, com o mano e com o pai. 
A minha cabeça sabe que não pode ser, racionalmente, tenho tudo arrumado. 
Mas o coração não. O coração acorda todos os dias com a mesma sensação do dia 01/04/2014, quando nasceste... Todos os dias acordo a pedir a Deus que seja mentira. Que um dia voltas. Eu sei que não é, mas não sei se alguma mãe é capaz de aceitar a perda de um filho com o coração... Nós aprendemos a viver, com a saudade, com a ausência, mas aceitar... Acho que nenhuma mãe aceita. 
Hoje fazem três anos que ouvi o teu coração pela última vez.

Beijinho da mãe, Pipocas... 
Daqui até ao céu!... 🌠

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