segunda-feira, 4 de setembro de 2017

In restless dreams I walked alone...

"... Hello darkness my old friend 
I've come to talk with you again
Because a vision softly creeping

Left its seeds while I was sleeping

And the vision that was planted in my brain

Still remains within the sound of silence..." 


É sempre o mesmo pesadelo! É acordar sempre na madrugada do dia 31 e ir à procura da minha barriga, ir à procura dos movimentos dela. Naquela madrugada ela respondeu, e eu voltei a dormir... Doze horas depois, nada. Doze horas depois ela partiu.

Quase três anos e meio se passaram, e as datas... As datas! Sinto-me triste, sinto-me revoltada, estou com uma dor de cabeça que não lembra a ninguém, estou sem paciência para filho e marido, sinto-me culpada... 

Apetece-me gritar, apetece-me causar dores a mim própria, dores que doam mais do que aquilo que eu sinto! Queria estar sozinha, queria poder chorar sem me preocupar com o efeito que isso pode causar no meu filho... Sim, hoje queria ser egoísta e poder lamber as minhas feridas sem ter que pensar em ninguém, sem que estivessem constantemente a lembrar "que existem pessoas que estão piores do que eu"... Não me interessa! Hoje não me interessa! De certeza que Deus me perdoa por hoje não me apetecer amar o meu próximo, tendo em conta que nem a mim própria consigo amar.

Quero a minha filha. Devolvam-me a minha filha. Falta-me um pedaço. Falta parte de mim... Quero a minha bebé.. Devolvam-me a minha Maria Leonor. Devolvam-me o homem da minha vida que se foi com ela.
Do que eu tenho hoje só quero o meu Francisco, devolvam-me a minha família... Devolvam-me o que me foi tirado há três anos e meio atrás...




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